O trabalho de conscientização e inspeção realizados pelo Departamento de Vigilância Sanitária será em vão enquanto as pessoas não contraírem a doença. O pensamento brasileiro é sempre aquele: "não vai acontecer comigo" . O maior problema é que a doença e a proliferação da larva são incontroláveis. Não há pessoal suficiente para fiscalizar e, mesmo havendo, parece-me tarde demais para evitar o mal até porque a grande maioria das pessoas não dá a mínima importância para a gravidade do assunto e, assim , dezenas de capitais já estão em alerta máximo. Depósitos de lixo, valas abertas, pneus jogados em qualquer lugar, favelas sem infra-estrutura, esgotos à céu aberto, caixas d'água sem tampas, vasinhos de flor com porta água enfeitando janelas, entulhos em pátios, chuvas em excesso, calhas de telhado com pouco caimento, piscinas abandonadas em casas à venda, poças d'água, plantas, flores que guardam água empossada como as bromélias, enfim, não há solução que evite a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Precisamos, sim, urgentemente de solução médica - vacina e postos de atendimento em massa porque nem os postos de saúde darão conta do problema quando a doença se alastrar. É preciso investimento em saúde, obras e vigilância sanitária - e todos os governos, em todas as campanhas, prometem isso ! Estamos à mercê da sorte. Que a tenhamos porque se esperarmos que o mosquito desista do país tropical, não haverá mais lugar em hospitais e postos de saúde, a não ser que o governo dê atenção às pesquisas de Reinaldo José Rodella - sempre há uma esperança !
Veja matéria publicada em 28/03/2008 neste Blog.
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