6 de novembro de 2009

UM BILHÃO DE FAMINTOS

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) afirmou ontem que o número de famintos em todo o mundo chegou a 1 bilhão, o que corresponde a um sexto da população mundial. A Ásia e o Pacífico têm 642 milhões de famintos. Na África Subsaariana, há 265 milhões. A queda nas doações, o menor investimento na agricultura e a crise econômica contribuíram para o agravamento do quadro.
Após avanços no combate à fome nos anos 1980 e 1990, o número de desnutridos voltou a crescer a partir de 1995. Conforme relatório da FAO, a menos que a situação seja revertida, a meta internacional de reduzir em 50% o número de famintos até 2015 não será cumprida. "Na luta contra a fome, o foco deve estar no aumento da produção de alimento", disse Jacques Diouf, diretor-geral da FAO. "É senso comum, a agricultura deve ter prioridade, mas o oposto aconteceu", acrescentou. Segundo ele, 17% do auxílio doado por países em 1980 foram para a agricultura, mas o índice caiu para apenas 3,8% em 2006 e aumentou pouco nos últimos três anos.
Economistas da FAO consideram que a queda pode ter ocorrido devido aos baixos preços de alimentos, que desencorajaram o investimento privado na agricultura, e à competição por fundos públicos de outros campos. Outra possibilidade é de que governos e investidores tenham norteado sua ações acreditando que outros setores econômicos precisavam de mais dinheiro. A ideia de que a agricultura é algo que deve passar a receber menos importância, conforme um país se desenvolve, também pode ter sido um fator impactante.
Em outro levantamento, este abordando a saúde, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) informam quase 1,5 milhão de crianças de menos de cinco anos morrendo anualmente de diarreia, segunda causa de mortalidade infantil depois da pneumonia. "Há tratamentos de pouco custo, mas nos países em desenvolvimento só 39% das crianças com diarreia recebem cuidados necessários", disse a diretora da Unicef, AnVeneman.


FONTE: Correio do Povo - 15/10/2009

5 de novembro de 2009

ESTAMOS DE OLHO 02 !

Uma pessoa de minha família recebeu um comunicado em seu celular informando não ter efetuado o pagamento da fatura relativa ao mês de outubro. Realmente, a fatura não estava paga porque não recebeu a mesma e aguardou mais alguns dias. Ante o não recebimento e falta de pagamento, a fim de evitar o corte de serviços ligou para a operadora a fim de obter o respectivo boleto para pagamento via internet. Após teclar o tão conhecido e amaldiçoado algarismo nove, que corresponde a "falar com um de nossos atendentes", e ficar "pendurada ouvindo música popular brasileira", enquanto aguardava resolveu acessar o site da empresa. Lá havia a possibilidade de extração do boleto. Após cadastrar um senha localizou seu boleto e imprimiu-o com o respectivo código de barras. Em seguida, acessou o site de seu banco e, após as formalidades, tais como digitar agência, conta, senha, preencher dados, efetuou o respectivo pagamento e imprimiu o recibo. Isso tudo, praticamente, com apenas uma das mãos porque a outra ainda segurava o telefone, ao belo som de música popular brasileira, aguardando atendimento. Como já havia efetuado o pagamento e não havia sido atendida pela operadora resolveu desligar, mas deu-se conta, em seguida, de que deveria comunicar o pagamento a fim de evitar o corte. Assim, ligou novamente teclando o maldito algarismo nove. Qual foi a surpresa? Deparou-se com o fato de ouvir a mesma música e suportar a intolerável e interminável espera... novamente! Depois de muitos acordes e a agonia do temor de que a ligação "caísse", alguém deu sinal de vida e a pessoa, finalmente, pode informar o pagamento. Então, enquanto se aguarda um atendimento dá tempo suficiente para acessar o site da operadora, emitir o boleto, acessar o site de seu banco, preencher os dados, efetuar o pagamento, confirmar e, ainda, imprimir o documento comprobatório. Cabe frisar que, a operadora em questão não é a mesma do texto publicado anteriormente o que nos leva a pensar: todas são iguais? Acho que se houver uma nova ocorrência em relação às operadoras de telefonia terei, por força das circunstâncias e bom senso, revelar nomes, números de protocolos de atendimento, nomes de atendentes, horários etc. Mas até quando teremos que pagar esse preço absurdo, ou seja, não somente o valor monetário mas o preço do mau atendimento. O consumidor merece isso? Será que "pagamos tão pouco" a ponto de sermos atendidos desta maneira? Vamos continuar de olho!