A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) afirmou ontem que o número de famintos em todo o mundo chegou a 1 bilhão, o que corresponde a um sexto da população mundial. A Ásia e o Pacífico têm 642 milhões de famintos. Na África Subsaariana, há 265 milhões. A queda nas doações, o menor investimento na agricultura e a crise econômica contribuíram para o agravamento do quadro.
Após avanços no combate à fome nos anos 1980 e 1990, o número de desnutridos voltou a crescer a partir de 1995. Conforme relatório da FAO, a menos que a situação seja revertida, a meta internacional de reduzir em 50% o número de famintos até 2015 não será cumprida. "Na luta contra a fome, o foco deve estar no aumento da produção de alimento", disse Jacques Diouf, diretor-geral da FAO. "É senso comum, a agricultura deve ter prioridade, mas o oposto aconteceu", acrescentou. Segundo ele, 17% do auxílio doado por países em 1980 foram para a agricultura, mas o índice caiu para apenas 3,8% em 2006 e aumentou pouco nos últimos três anos.
Economistas da FAO consideram que a queda pode ter ocorrido devido aos baixos preços de alimentos, que desencorajaram o investimento privado na agricultura, e à competição por fundos públicos de outros campos. Outra possibilidade é de que governos e investidores tenham norteado sua ações acreditando que outros setores econômicos precisavam de mais dinheiro. A ideia de que a agricultura é algo que deve passar a receber menos importância, conforme um país se desenvolve, também pode ter sido um fator impactante.
Em outro levantamento, este abordando a saúde, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) informam quase 1,5 milhão de crianças de menos de cinco anos morrendo anualmente de diarreia, segunda causa de mortalidade infantil depois da pneumonia. "Há tratamentos de pouco custo, mas nos países em desenvolvimento só 39% das crianças com diarreia recebem cuidados necessários", disse a diretora da Unicef, AnVeneman.
FONTE: Correio do Povo - 15/10/2009
Após avanços no combate à fome nos anos 1980 e 1990, o número de desnutridos voltou a crescer a partir de 1995. Conforme relatório da FAO, a menos que a situação seja revertida, a meta internacional de reduzir em 50% o número de famintos até 2015 não será cumprida. "Na luta contra a fome, o foco deve estar no aumento da produção de alimento", disse Jacques Diouf, diretor-geral da FAO. "É senso comum, a agricultura deve ter prioridade, mas o oposto aconteceu", acrescentou. Segundo ele, 17% do auxílio doado por países em 1980 foram para a agricultura, mas o índice caiu para apenas 3,8% em 2006 e aumentou pouco nos últimos três anos.
Economistas da FAO consideram que a queda pode ter ocorrido devido aos baixos preços de alimentos, que desencorajaram o investimento privado na agricultura, e à competição por fundos públicos de outros campos. Outra possibilidade é de que governos e investidores tenham norteado sua ações acreditando que outros setores econômicos precisavam de mais dinheiro. A ideia de que a agricultura é algo que deve passar a receber menos importância, conforme um país se desenvolve, também pode ter sido um fator impactante.
Em outro levantamento, este abordando a saúde, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) informam quase 1,5 milhão de crianças de menos de cinco anos morrendo anualmente de diarreia, segunda causa de mortalidade infantil depois da pneumonia. "Há tratamentos de pouco custo, mas nos países em desenvolvimento só 39% das crianças com diarreia recebem cuidados necessários", disse a diretora da Unicef, AnVeneman.
FONTE: Correio do Povo - 15/10/2009