Páscoa lembra supermercados lotados, com ovos de chocolate de todos os tipos e tamanhos pendurados; aquela preocupação para calcular quantos são necessários para presentear amigos e parentes, enfrentar filas e programar a ceia de família. No entanto, essa festa tem um histórico com significados que vão muito além do caráter comercial e variam de acordo com as crenças de cada povo.
A Páscoa aparece na história como um rito de passagem. Era comemorada entre povos europeus há milhares de anos, durante o mês de março, para celebrar a mudança da estação: do inverno para a primavera. Outro aspecto da data festiva é o da prosperidade, da fertilidade. O começo da primavera tinha uma importância especial para as populações antigas que habitavam regiões de inverno rigoroso, pois representava maiores chances de sobrevivência e de produção de alimentos.
Como os índices de mortalidade durante o período frio do ano eram altíssimos na Europa antiga, os símbolos que hoje adotamos, como o coelhinho e os ovos doces, surgiam como representantes de vida nova. O coelho lembra a fertilidade, pela sua ampla e rápida capacidade de reprodução, e os ovos são a própria vida que surge.
Fazia parte dos hábitos dos persas, romanos, judeus e armênios oferecer ovos coloridos nessa época.
Segundo a Enciclopédia Britannica, o nome Páscoa, assim como o de outras festas como Natal, mostra que os cristãos se apoderaram de feriados e nomes pagãos para suas festividades – o que, como lembra a publicação, parece ser um fato dúbio, já que os cristãos costumavam combater com veemência as tradições pagãs. Para justificar sua afirmação, a enciclopédia cita como uma das versões para a denominação Páscoa a aproximação da versão em inglês da palavra – Easter – com Eostre ou Eostrae, a deusa anglo-saxônica da primavera e da fertilidade. Existe ainda a hipótese de os termos Easter (do inglês) e Ostern (do alemão) terem se originado do nome antigo de um mês germânico – Eostremonat.
O vocábulo Páscoa, no português, teria vindo do nome em hebraico da festa judaica à qual está intimamente ligado, e que representa passagem: Pessach. Enquanto os pagãos celebravam a transição do inverno para a primavera, o motivo de comemoração para os judeus era a superação da escravatura no Egito, com a conquista da liberdade da terra prometida, que foi feita com a travessia do Mar Vermelho liderada por Moisés. Até hoje a Páscoa para a comunidade judaica dura oito dias e atrai grande fluxo de visitantes em Jerusalém e na Cisjordânia.
Para os cristãos a Páscoa representa a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação, que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 d.C. A maneira como é calculada a data do feriado cristão, no entanto, é mais um aspecto que remete às tradições pagãs, já que se relaciona com a lua cheia. O domingo de Páscoa é o primeiro após a primeira lua cheia a partir do equinócio vernal.
O equinócio vernal, o primeiro dia da Primavera no hemisfério Norte, é sempre em 20 ou 21 de março. Essa data apresenta variação devido aos anos bissextos, que deslocam o calendário das estações em um dia. No equinócio acontece um fenômeno: o dia e a noite têm a mesma duração, de 12 horas cada um.
FONTE: Camila Leporace - Opinião e Notícia - www.opiniaoenoticia.com.br
A Páscoa aparece na história como um rito de passagem. Era comemorada entre povos europeus há milhares de anos, durante o mês de março, para celebrar a mudança da estação: do inverno para a primavera. Outro aspecto da data festiva é o da prosperidade, da fertilidade. O começo da primavera tinha uma importância especial para as populações antigas que habitavam regiões de inverno rigoroso, pois representava maiores chances de sobrevivência e de produção de alimentos.
Como os índices de mortalidade durante o período frio do ano eram altíssimos na Europa antiga, os símbolos que hoje adotamos, como o coelhinho e os ovos doces, surgiam como representantes de vida nova. O coelho lembra a fertilidade, pela sua ampla e rápida capacidade de reprodução, e os ovos são a própria vida que surge.
Fazia parte dos hábitos dos persas, romanos, judeus e armênios oferecer ovos coloridos nessa época.
Segundo a Enciclopédia Britannica, o nome Páscoa, assim como o de outras festas como Natal, mostra que os cristãos se apoderaram de feriados e nomes pagãos para suas festividades – o que, como lembra a publicação, parece ser um fato dúbio, já que os cristãos costumavam combater com veemência as tradições pagãs. Para justificar sua afirmação, a enciclopédia cita como uma das versões para a denominação Páscoa a aproximação da versão em inglês da palavra – Easter – com Eostre ou Eostrae, a deusa anglo-saxônica da primavera e da fertilidade. Existe ainda a hipótese de os termos Easter (do inglês) e Ostern (do alemão) terem se originado do nome antigo de um mês germânico – Eostremonat.
O vocábulo Páscoa, no português, teria vindo do nome em hebraico da festa judaica à qual está intimamente ligado, e que representa passagem: Pessach. Enquanto os pagãos celebravam a transição do inverno para a primavera, o motivo de comemoração para os judeus era a superação da escravatura no Egito, com a conquista da liberdade da terra prometida, que foi feita com a travessia do Mar Vermelho liderada por Moisés. Até hoje a Páscoa para a comunidade judaica dura oito dias e atrai grande fluxo de visitantes em Jerusalém e na Cisjordânia.
Para os cristãos a Páscoa representa a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação, que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 d.C. A maneira como é calculada a data do feriado cristão, no entanto, é mais um aspecto que remete às tradições pagãs, já que se relaciona com a lua cheia. O domingo de Páscoa é o primeiro após a primeira lua cheia a partir do equinócio vernal.
O equinócio vernal, o primeiro dia da Primavera no hemisfério Norte, é sempre em 20 ou 21 de março. Essa data apresenta variação devido aos anos bissextos, que deslocam o calendário das estações em um dia. No equinócio acontece um fenômeno: o dia e a noite têm a mesma duração, de 12 horas cada um.
FONTE: Camila Leporace - Opinião e Notícia - www.opiniaoenoticia.com.br