3 de abril de 2010

ACHO QUE MORRI

O que faço de meus passos
Se as paredes amareladas me aprisionam?
Sigo, volto... sem rumo,
Num labirinto de sentimentos...
Estou só, sem mim, sem ninguém!
Como seguir meu rumo
Se tropeço em pedras, me enrosco em teias,
Dou voltas em torno de mim mesmo,
Aprisiono-me e caio...
E quando meus lábios tocam o chão
O céu se torna mais distante... mesmo que estenda a mão.
Não alcanço mais minha alma,
Cansada...
Não alcanço mais os pensamentos que me levariam a flutuar!
Onde estão vocês...
Estou indo, sem saber para onde...
E esbarro, sempre, nas lembranças...
Que se transformam em esperanças, ainda mortas
Porque a hora de minha partida não sei...
Nem sei se estou vivendo ou sonhando.
É tudo muito obscuro na imensidão dos pensamentos.
Na fronteira entre a razão e a loucura há muitas sombras
E elas escurecem minha visão,
Estou quase cego...
Acho que estou morrendo... cambaleando na escuridão.
Não há mais luz... nem brilhos!
O que era paz se tornou tormento...
Um tormento, um momento, do qual não consigo retornar
Porque meu caminho é de pedras... soltas e escorregadias!
Vida de lágrimas... onde estava a última vez que sorri?
Não lembro nem lembrarei...
Estou quase cego... nada lembro.
Acho que já morri.

by Deppe - 07/02/2010

Um comentário:

STELLA VIVES disse...

Quem conhece a pessoa maravilhosa que és, sabe que essa poesia retrata um personagem poeticamente criado pelo teu incrível dom de escrever. Parabéns! Beijos com carinho.