DINHEIRO RETIDO

Por que os estabelecimentos de crédito, todos ou alguns - não sei, guardam consigo parte de nossos saldos em feriados e finais de semana? Nossos pagamentos e saques são limitados obrigando-nos a agendar nova data, no caso de pagamento de débitos via internet. Não seria interessante o cliente autorizar ou não tal opção? Particularmente, acho inconstitucional tal procedimento. Pagamentos, inclusive de cartão de crédito, dependendo do valor, não é possível efetuar em determinadas datas. E, o mais surpreendente, é que você liga para o SAC do respectivo estabelecimento de crédito e lhe é informado tal situação por um atendente que está trabalhando de madrugada. No entanto, pagar não é possível a não ser que você agende a data para após o feriado! Se o seu cartão de crédito não for aceito porque atingiu o limite, você não poderá efetuar o pagamento, nem pela internet. Parte de nosso saldo fica bloqueado. O dinheiro do povo brasileiro fica, parcialmente, bloqueado. Pergunto-me e não encontro resposta convincente. Onde fica nosso dinheiro, por exemplo, durante um longo feriado como o de Carnaval? Alguns estabelecimentos bancários e de crédito referem motivo de segurança. Ora, que segurança tem o povo brasileiro? Você pode ser morto por dez reais, por um par de tênis, por não ter dinheiro no bolso, por motivos fúteis! Se é para impedir sequestros relâmpagos ou similares a única diferença é que você ficará num porta-malas mais tempo, até que o ladrão sugue seu saldo, de grão em grão. Eu creio que deve haver uma justificativa mais convincente do que segurança. Aliás, segurança é ter o dinheiro no Banco ou o suficiente, no bolso, para seu compromisso de final de semana, como lhe convier e não como imposto pelo seu Banco. Segurança é um policial em cada esquina para garantir seu direito de ir e vir, de transitar pelas ruas da cidade. Você é dono de seu dinheiro e do modo como o administra. Se o Banco aplica parte de seu dinheiro está usando algo que tem sob sua guarda e não lhe pertence, para obtenção de lucro. E nós, lucramos o quê ? Deixo o assunto em pauta e a resposta com o leitor.