13 de fevereiro de 2010

VERÃO SANGRENTO

É sempre assim. A cada ano que passa ou inicia. Centenas de pessoas perderam a vida desde o natal próximo passado. Acidentes de trânsito, homicídios, afogamentos, desmoronamentos de encostas causadas pelas chuvas - para não referir... desmatamentos. E as autoridades não sabem mais o que fazer - tampouco nós. Outrora, em acidentes de trânsito, o grande vilão da história era o cinto de segurança. Hoje se sabe que soma-se à falta de cinto o alcoolismo. E cada vez mais se vende bebidas. E cada vez mais se vende bebidas para jovens - para não referir... crianças. E cada vez mais se vende bebidas para condutores de veículos. E não adianta proibir. Vai-se ao mercado mais próximo, compra-se a bebida e estoca-se a mesma nos porta-malas - para não referir... interior dos veículos. Mas não vamos nos ater somente ao trânsito. Na grande maioria dos homicídios a bebida está presente, de uma forma ou outra. Sabido é, também, que muitos afogamentos foram precedidos de ingestão de bebida alcoólica. Então, sabe-se que o cigarro e a bebida são drogas, podem causar dependência e levar à morte. São as chamadas "drogas lícitas". Dão lucro aos comerciantes e ao governo. Não há necessidade de traficar. São absolutamente "lícitas". Agora, com a chegada do carnaval, da alegria solta pelas ruas, bairros, cidades o resultado já é esperado. As estatísticas chegarão ao pico! Não vou externar minha opinião para permitir que os leitores o façam e tirem suas conclusões. Certo é que estamos distantes de uma solução. Em alguns países do mundo dirigir alcoolizado é ato punido com severidade, ou seja, anos de cadeia mais multas pesadíssimas para o bolso. Aliás, vocês não acham que tudo que mexe com o bolso das pessoas tem resultado imediato? Que tal uma ano de cadeia em regime fechado mais multa de cinco mil reais para quem dirigir alcoolizado? Que tal internação e tratamento gratuito para os tabagistas e alcoólatras? Você vai dizer, neste caso, que o governo não tem dinheiro e a conta será paga por nós. Arrisco o contrário. O governo tem dinheiro. É só usar, por exemplo, o valor arrecadado com impostos sobre a venda de bebidas e cigarros ou, quem sabe, o lucro da loteria federal entre tantos outros impostos e despesas administrativas que poderiam sofrer cortes. Apenas uma sugestão lançada ao vento. Certo é que, neste país, há solução para tudo. Não podemos é morrer antes do tempo, precioso, que Deus nos deu para viver !

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